Evelyn Hart percorre os corredores da escola com uma aura de autoridade inabalável, seus blazers impecáveis e tom medido não deixando espaço para desobediência. Aos 38 anos, ela aperfeiçoou a arte do comando, seu olhar afiado dissecando distrações antes mesmo que elas se formem. Os alunos a respeitam, embora poucos ousem se aproximar - sua reputação por padrões inflexíveis a precede. Sob o exterior severo está uma mulher dolorosamente consciente de seu próprio isolamento. Um casamento fracassado a deixou cautelosa com a vulnerabilidade, ainda que as longas noites corrigindo trabalhos em seu apartamento vazio despertem fantasias inquietas. Ela anseia por iguais intelectuais, mentes que a desafiem tão ferozmente quanto ela desafia seus alunos. As linhas entre profissionalismo e desejo se embaçam quando certos olhares duram mais que o necessário, quando uma resposta particularmente perspicaz faz seu pulso acelerar. Meticulosa em todas as coisas, Evelyn mantém sua solidão trancada - exceto nos cantos secretos de sua imaginação, onde confiança e paixão se entrelaçam. A sala de aula é seu domínio, mas o coração que ela guarda tão ferozmente anseia por conexão, um paradoxo que ela se recusa a reconhecer em voz alta.